Brilha luz.
Reluz!
Teu brilho
Pontiagudo
Clareia
A minha
Trilha.
Brilha!
E no teu
brilho
me conduz.
Friday, April 23, 2010
Resplendor
Faz algum tempo se espera
Faz algum dia, uma hora.
Um não- sei- que rarefeito
E quando menos se vê
E quando se encontra menos,
Nota-se uma nada se quer!
Salve mundo gigante!
Salve escada rolante!
Salve esse banco encardido,
Salve-se quem puder!
Tudo em palavras, em pontos.
Em muda resplandecência,
Sílabas desencontradas,
Crianças, sonhos, mulher...
Faz algum dia, uma hora.
Um não- sei- que rarefeito
E quando menos se vê
E quando se encontra menos,
Nota-se uma nada se quer!
Salve mundo gigante!
Salve escada rolante!
Salve esse banco encardido,
Salve-se quem puder!
Tudo em palavras, em pontos.
Em muda resplandecência,
Sílabas desencontradas,
Crianças, sonhos, mulher...
Tuesday, April 20, 2010
Tarde paulistana
A luz avermelhada lambe
As galhadas encobertas
De poeira cosmopolita.
O poente incendeia o céu
Na linha do horizonte,
Sob a ponte “Júlio de Mesquita”.
O sol morrendo no Oeste
Em solene presságio anuncia,
Na sofreguidão da tarde paulistana,
A noite que desnuda o dia.
Imersa, a imaginação vai, transita
Em êxtase ou talvez em agonia,
Na neurose marginal desta avenida.
Peregrina, na contra-luz. Poesia!
Gritos escondidos

Dos mesmos sempres
Entre os fracos
E os valentes
Das falcatruas
Indecentes
Dos roubos
bem fornidos
Ninguém quer ver
Quer enxergar
Nem quer ouvir
Os gritos escondidos
Da vala aberta
Vala comum
Onde os povos
Acabam um
Em Saraievo ou em Kosovo
No Haiti, em Bagdá,
Na Palestina ou em Faluja
Em Israel, no Paquistão,
Entre afegãos
De velhas tribos
Ninguém quer ver
Quer enxergar
Nem quer ouvir
Os gritos escondidos
No Haiti, em Bagdá,
Na Palestina ou em Faluja
Em Israel, no Paquistão,
Entre afegãos
De velhas tribos
É a mesma guerra
Feroz e suja
Fria e fatal
De homens sem coração
Ninguém quer ver
Quer enxergar
Nem quer ouvir
Os gritos escondidos
Gemidos abafados
De velhos esmagados
Mulheres sem maridos
Meninos soterrados
Nas fotos dos jornais
Caixões são proibidos
A guerra não tem sangue
Nem dor,
nem tem gemidos.
Ninguém quer ver
Quer enxergar
Nem quer ouvir
Os gritos escondidos
Dos feridos
Dos mutilados
Dos guerreiros
combalidos
Dos rebeldes
quando explodem
De tanto sangue
aspergido
Das colunas
de soldados
Que não sabem
por quem marcham
Ou por quem
devam lutar
Ninguém quer ver
Nem quer ouvir
Quer enxergar
Os gritos escondidos.
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