Sunday, August 02, 2020

INFÂNCIAS

A minha poesia
Sai da lida
Da agonia sentida
Na terra lavrada
Na alma lavada
No mar de cada dia

De ver a multidão
Espremida no coletivo
No batidão da favela
Como se ele mesmo fosse
Um coração afobado
A buscar refúgio

A buscar o vento
Como a vela de um veleiro
Pede para navegar

A minha poesia é sangue
Suor e sonhos
Desencaixotados
Soltos no mormaço
Do coletivo que se demora
A chegar ao destino 

Nessas tempestades
Onde se confundem
E se misturam 
o velho, 
O poeta 
e o menino...

Imagem: Kátia Debroi


1 comment:

Unknown said...

Otimo! não conhecia o Blog. Já virei freguês. Abraço fraterno. Elvio Santiago.

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