A minha poesia
Sai da lida
Da agonia sentida
Na terra lavrada
Na alma lavada
No mar de cada dia
De ver a multidão
Espremida no coletivo
No batidão da favela
Como se ele mesmo fosse
Um coração afobado
A buscar refúgio
A buscar o vento
Como a vela de um veleiro
Pede para navegar
A minha poesia é sangue
Suor e sonhos
Desencaixotados
Soltos no mormaço
Do coletivo que se demora
A chegar ao destino
Nessas tempestades
Onde se confundem
E se misturam
o velho,
O poeta
e o menino...
Imagem: Kátia Debroi
1 comment:
Otimo! não conhecia o Blog. Já virei freguês. Abraço fraterno. Elvio Santiago.
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