A luz avermelhada lambe
As galhadas encobertas
De poeira cosmopolita.
O poente incendeia o céu
Na linha do horizonte,
Sob a ponte “Júlio de Mesquita”.
O sol morrendo no Oeste
Em solene presságio anuncia,
Na sofreguidão da tarde paulistana,
A noite que desnuda o dia.
Imersa, a imaginação vai, transita
Em êxtase ou talvez em agonia,
Na neurose marginal desta avenida.
Peregrina, na contra-luz. Poesia!
1 comment:
Poesia é você, depois de tantos anos viajando todos os dias, enxergar as coisas dessa forma. Amo.
Post a Comment