Tuesday, April 20, 2010

Tarde paulistana

A luz avermelhada lambe
As galhadas encobertas
De poeira cosmopolita.

O poente incendeia o céu
Na linha do horizonte,
Sob a ponte “Júlio de Mesquita”.

O sol morrendo no Oeste
Em solene presságio anuncia,
Na sofreguidão da tarde paulistana,
A noite que desnuda o dia.

Imersa, a imaginação vai, transita
Em êxtase ou talvez em agonia,
Na neurose marginal desta avenida.
Peregrina, na contra-luz. Poesia!

1 comment:

Unknown said...

Poesia é você, depois de tantos anos viajando todos os dias, enxergar as coisas dessa forma. Amo.

Passos

O sorvete cremoso de iogurte  com calda de caramelo e frutas  Rechaça o calor infernal... Centelhas de ânimo correm do esôfago e garganta re...