Friday, January 14, 2022
Friday, January 07, 2022
Friday, August 07, 2020
SOBRE O AMOR DAS FILHAS E FILHOS

Quando por tuas conquistas reluzirem
os olhos de um teu filho ou de uma filha,
apesar de lutas, desencantos, sofrimentos,
É bom saberes o que de verdade brilha!
No resplandecer destas auras de esperança,
não é nada disso, na verdade, que reluz,
pois tu conheces bem tua própria indigência...
Veja, nestes brilhos, da vitória a verdadeira palma!
Pois não são sós olhares que te aplaudem,
Não são simplesmente olhos que cintilam!
O que fulgura nas visadas da homenagem,
o que exalta, emociona e engrandece é saber
que,
por trás desses olhares, sempre haverá um'alma...
Thursday, August 06, 2020
DESPEDIDA DE MÃE
No último alento,
o beijo ao filho
mais velho, aflito,
impotente ao vê-la
estendida ali,
perdido o viço,
sumido o brilho...
Num suspiro suave,
expressão de calma,
Num sussurro breve,
Sela o seu perdão.
E, num bom perfume,
numa brisa leve,
surge nova estrela.
Tuesday, August 04, 2020
IMPULSOS (OU POEMA ROUBADO...)
Levar-te às
Fontes quentes
De onde sentes
a vida que
Brota e verte...
Ir contigo aos
Montes altos
Por onde
Escorre
O sangue fértil.
Beijar-te
Em êxtase
Estar nos teus
Braços
Sentir o vento
Roçar-te a pele
Por um instante
Eterno
Como se eu
Fosse Deus
Plantando
Primaveras...
Vencer o tempo
O momento
Enquanto morre
Em mim o que
Não sou
E brota
O que és ou
Serás, enfim...
Sunday, August 02, 2020
INFÂNCIAS
A minha poesia
Sai da lida
Da agonia sentida
Na terra lavrada
Na alma lavada
No mar de cada dia
De ver a multidão
Espremida no coletivo
No batidão da favela
Como se ele mesmo fosse
Um coração afobado
A buscar refúgio
A buscar o vento
Como a vela de um veleiro
Pede para navegar
A minha poesia é sangue
Suor e sonhos
Desencaixotados
Soltos no mormaço
Do coletivo que se demora
A chegar ao destino
Nessas tempestades
Onde se confundem
E se misturam
o velho,
O poeta
e o menino...
Imagem: Kátia Debroi
Friday, July 31, 2020
RETROCRONO
Terra plana
Terra em pó
Terra chata
Passo atrás
Dominó
Dito falso
Sol na serra
Saia curta
Meia alta
Dominó
Eucalipto
Hortelã
Guaranis
Nhambiquaras
Dominó
Caiapó
Pernas grossas
Lagos, fossas
Buraqueiras
Dominó
Barrancadas
Maquinários
Veios fundos
pedra e só
Dominó
Terra plana
Terra em pó
Terra chata
Passo atrás
Dominó
Thursday, September 05, 2019
INTOLERAR
Mais um poema publicado na Pedemoleque. Uma honra! Obrigado, meu amigo José Pedro Soares Martins. Poema escrito sob o peso do ar que vai rareando nesses nossos dias. Dias de pouca tolerância. Dias em que o amor e solidariedade são só fumaça. Para ler, CLIQUE AQUI
#pedrofavarojr #freguês #chiadobooks
A letra morta
Muro erguido
Arma apontada
Fechada porta
O fogo
Faca sem fio
Adaga cega
Mira sem alça
O fogo
Furor que ataca
O tiro
Premeditado
Intolerante
Sem utopias
O fogo
Minado
inferno
Reza sem fé
Tão tristes dias!
O fogo…
#pedrofavarojr #freguês #chiadobooks
A letra morta
Muro erguido
Arma apontada
Fechada porta
O fogo
Faca sem fio
Adaga cega
Mira sem alça
O fogo
Furor que ataca
O tiro
Premeditado
Intolerante
Sem utopias
O fogo
Minado
inferno
Reza sem fé
Tão tristes dias!
O fogo…
Thursday, March 14, 2019
BANALIDADES
Sol parado
Terra plana
Pátria armada
Genocídios
Guerra santa
E as crianças
Chacinadas
Guerra santa
E as crianças
Chacinadas
Cerca e muro
Cusparada
Laranjeiras
Pregadores
Goiabada
Marmelada
Cusparada
Laranjeiras
Pregadores
Goiabada
Marmelada
Pobre gente
gente Pobre
Expatriada
Carpideiras
Adivinhos
É ganância
Represada
gente Pobre
Expatriada
Carpideiras
Adivinhos
É ganância
Represada
Metafórico
Apocalipse
Consumado
Lama e sangue
Misturados
Ódio puro
Gangrenado
Nada...
Apocalipse
Consumado
Lama e sangue
Misturados
Ódio puro
Gangrenado
Friday, March 17, 2017
Wednesday, March 15, 2017
Saturday, January 18, 2014
VIAGEM COM A LUA
A lua, cedo, distrai o escuro céu.
A mente ao sonho entregue...
A porta, a luz, a nuvem, muro,
o ser expande-se, viaja, e segue.
Alheia ao sol, que arranha o leste
no levante, e aos poucos doura o alto,
esvai-se ela, em seu silêncio branco,
lindo, claro, diáfano, celeste, e cede
ao dia a crescer, imenso e quente. Imagem
de um turbilhão de sons, de cores e perfumes,
a desnudar o quase nada restante da noite.
O coração ao sonho pede e insiste tanto...
A mente clama outras manhãs, iguais e mansas,
Que na alma inflamam tão doce encanto. Viagem.
18/01/2014
Thursday, January 16, 2014
MANHÃ NA ESTRADA
Cedo a névoa
escurece a estrada
em trechos
iluminada
por luzes amarelas
pálidas, dormentes.
A mata coberta
de neblina,
na manhã cinza,
como que espreguiça
aos primeiros raios
do sol quente
que desponta.
E a brisa acaricia
os montes com
sua canção alegre
e refrescante.
E a minha alma
sempre distraída
como que desperta.
É a estrada!
16/01/2014
Saturday, August 03, 2013
POEMA PEQUENO
Pedro Favaro Jr.(agosto de 2013)
Um poeta
Encontra porta
Mesmo só no branco
Ou na letra torta
Nunca veta
Por destreza
Ou por ética
A possibilidade
De se ver a beleza
Ou achar a morte
Seja no menor fato
Na coisa mais amena
Por atitude sabe
E experimenta que
Poesia, que a palavra,
Jamais será
coisa pequena.
Friday, April 23, 2010
Resplendor
Faz algum tempo se espera
Faz algum dia, uma hora.
Um não- sei- que rarefeito
E quando menos se vê
E quando se encontra menos,
Nota-se uma nada se quer!
Salve mundo gigante!
Salve escada rolante!
Salve esse banco encardido,
Salve-se quem puder!
Tudo em palavras, em pontos.
Em muda resplandecência,
Sílabas desencontradas,
Crianças, sonhos, mulher...
Faz algum dia, uma hora.
Um não- sei- que rarefeito
E quando menos se vê
E quando se encontra menos,
Nota-se uma nada se quer!
Salve mundo gigante!
Salve escada rolante!
Salve esse banco encardido,
Salve-se quem puder!
Tudo em palavras, em pontos.
Em muda resplandecência,
Sílabas desencontradas,
Crianças, sonhos, mulher...
Tuesday, April 20, 2010
Tarde paulistana
A luz avermelhada lambe
As galhadas encobertas
De poeira cosmopolita.
O poente incendeia o céu
Na linha do horizonte,
Sob a ponte “Júlio de Mesquita”.
O sol morrendo no Oeste
Em solene presságio anuncia,
Na sofreguidão da tarde paulistana,
A noite que desnuda o dia.
Imersa, a imaginação vai, transita
Em êxtase ou talvez em agonia,
Na neurose marginal desta avenida.
Peregrina, na contra-luz. Poesia!
Gritos escondidos

Dos mesmos sempres
Entre os fracos
E os valentes
Das falcatruas
Indecentes
Dos roubos
bem fornidos
Ninguém quer ver
Quer enxergar
Nem quer ouvir
Os gritos escondidos
Da vala aberta
Vala comum
Onde os povos
Acabam um
Em Saraievo ou em Kosovo
No Haiti, em Bagdá,
Na Palestina ou em Faluja
Em Israel, no Paquistão,
Entre afegãos
De velhas tribos
Ninguém quer ver
Quer enxergar
Nem quer ouvir
Os gritos escondidos
No Haiti, em Bagdá,
Na Palestina ou em Faluja
Em Israel, no Paquistão,
Entre afegãos
De velhas tribos
É a mesma guerra
Feroz e suja
Fria e fatal
De homens sem coração
Ninguém quer ver
Quer enxergar
Nem quer ouvir
Os gritos escondidos
Gemidos abafados
De velhos esmagados
Mulheres sem maridos
Meninos soterrados
Nas fotos dos jornais
Caixões são proibidos
A guerra não tem sangue
Nem dor,
nem tem gemidos.
Ninguém quer ver
Quer enxergar
Nem quer ouvir
Os gritos escondidos
Dos feridos
Dos mutilados
Dos guerreiros
combalidos
Dos rebeldes
quando explodem
De tanto sangue
aspergido
Das colunas
de soldados
Que não sabem
por quem marcham
Ou por quem
devam lutar
Ninguém quer ver
Nem quer ouvir
Quer enxergar
Os gritos escondidos.
Friday, October 13, 2006
poeminh@.com

poeminh@.com
Tempos loucos esses
Em que a letra se enfileira
E brilha fora da folha branca
Como numa esteira
E flui, e se derrama, e se diverte
E é lida em trama mal-acabada aqui
E do outro lado do mundo, na mesma hora,
Mesmo instante, na infovia, na internet,
Que de tudo, da rapidez que inquieta
E que até dos versos, na web, se aproveita,
Como movediça e demoníaca mais-valia
Que impiedosa, às rimas zomba e banaliza!
A musa, contudo, não sucumbe à nova mística,
Preservando em si, beleza e gozo , o ser poesia.
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O sorvete cremoso de iogurte com calda de caramelo e frutas Rechaça o calor infernal... Centelhas de ânimo correm do esôfago e garganta re...
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A minha poesia Sai da lida Da agonia sentida Na terra lavrada Na alma lavada No mar de cada dia De ver a multidão Espremida no coletivo No b...